terça-feira, 11 de junho de 2013

Amor do século XXI - Nem Froid explicaria...


Amor é a palavra mais escrita e falada no mundo, é a expressão usada por todos ao se referirem a desejo, prazer, satisfação ou simplesmente bem estar.
Mas amar de verdade não tem explicação científica nem moral. Não existe um padrão de amor, como se pudesse dizer que alguém realmente ama ou não.
Tenho visto gente que diz amar a quem lhe faz muito mal, ou a quem nem sequer sabe de sua existência, ou que nem mesmo demonstra um ato de carinho.
Segundo a Bíblia, o amor é puro e casto, é altruísta, sincero e verdadeiro. Então, nos dias de hoje, podemos dizer que se esse tipo de amor um dia existiu foi extinto. Tem gente que não sabe nem o que é "altruísmo", (alguns sabem por que ouviram o professor Girafales dizer).
Enfim, acho que amar uma pessoa significa sentir falta dela, gostar de estar com ela, abrir mão de algo importante por causa dela, e o mais significativo de todos os sentimentos relacionados ao amor: fazer a pessoa sorrir por puro prazer de vê-la feliz, sem pedir nada em troca.
Na minha opinião os relacionamentos acabam depressa por que são feitos de interesses pessoais, e quando acabam significa que os interesses acabaram também. Quando duram é por que ainda resta vantagens na relação, de alguma forma. Mas quando duram muito, é por que ainda existe o respeito mútuo, mesmo se não tiver amor.
Conheço um casal que vive junto há 50 anos, não concordam um com outro em quase nada, vivem se agredindo com insinuações dos erros do passado e demonstram claramente a insatisfação de toda uma vida onde criaram seus filhos e passaram por tudo, sempre juntos. Quem conhece esse casal sente que ali não existe amor, eu não diria que há muito respeito, talvez um pouco devido à índole deles, mas eles não aprenderam a viver longe um do outro, têm uma violenta dependência compartilhada que pode prejudicar um lado quando o outro falecer. Bem, isso não é amor, é só um fato: o tempo os ensinou a viverem um para o outro, por alguma razão que hoje não existe em casais convencionais, motivo pelo qual não se vive mais 10 ou 20 anos com a mesma pessoa. O que dirá 50...
O que realmente acontece é que o amor próprio é o que está em baixa hoje em dia, o amor material cresce a cada ano, e quem não ama a si mesmo nunca será capaz de amar alguém, nem mesmo os próprios filhos. Esse é o nosso século 21.
Se você ama alguém e está seguro disso, muito bem! Apenas observe se isso te faz bem, se você é feliz com a felicidade da pessoa e quantas concessões você já fez e foi compensado por seu sacrifício. Isso pode não significar o amor descrito na Bíblia, mas é um jeito de ser feliz, e não ser escravo de um "amor bandido".
Mas acima de tudo, ame a si mesmo, esse é o único amor que ainda não pode ser traído!

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com o artigo.E afirmo que hoje se fala "Eu te amo" como se estivesse convidando alguem para tomar um café na padaria mais proxima.Isso é banalização .

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