quarta-feira, 29 de maio de 2013

Choro de criança é irritante

A foto acima diz tudo.
Você está na fila do mercado e de repente uma criança começa a gritar e se espernear por causa de um item que a mãe o o pai não quis comprar para ela. Suas mãos segurando a cesta de compras de arroz, a fila quase não anda, aquele barulho estridente em seu ouvido...
O que passa em nossa cabeça diante dessa situação é quase sempre a mesma coisa: Dar uns tapas na criança birrenta e escandalosa.
Mas as coisas não são tão fáceis, além de que você nada pode fazer senão torcer para que a vontade dele seja feita, ou que a fila ande mais depressa.
A birra de uma criança é a coisa mais normal do mundo. O que não é normal é a mãe alimentar esse costume. isso começa mais cedo que se supõe. Desde que um bebê descobre que com seu choro consegue o que precisa ele descobre também a arte de lutar por seus ideais, o que é um instinto do ser humano. A questão é: como esse instinto se desenvolve, por que com ele se desenvolve também outra arte, a de manipulação.
Quando um bebê atinge os 7 meses, já começa a entender que apenas em um olhar as coisas podem ir parar em suas mãos. Ele olha e quase que automaticamente o brinquedo chega até ele. Com o tempo ele aprende a apontar e a falar o que quer. Esse processo é rápido depois de 1 ano de vida. É importante que os familiares dessa criança entendam que o bebê não é dono da verdade, ou seja, ele não precisa ter tudo que quer só por que pediu, mesmo que seja fora de hora ou inadequado. Se ele entende que quer, entende que não pode ter. É simples. assim,
Mas a atitude habitual é: Dê o que ele quer para  ele não chorar.
Chorar não mata ninguém, não estoura artérias como dizem, não torna a criança revoltada... Nada disso! Pois é natural  que a criança vá chorar, isso é sua forma de expressar o quanto sofre por não ter o que quer. Mas ela tem que saber que algumas coisa não podem ser adquiridas na vida, e isso se ensina na mesma medida em que se ensina outras coisas como falar e andar. 
Criança não entende que você não tem dinheiro para comprar o que ele quer, não adianta explicar isso a ele. Mas ele entenderá se você disser que não vai comprar e não comprar de fato, ele saberá obedecer a sua ordem se você ensina-lo a obedecer. Não é Não e Sim é Sim. Há coisa mais simples que isso? A criança observa as atitudes da mãe, e as grava na mente. Ceder ou não faz toda a diferença.
O grande problema é que as mamães de hoje quer sossego, muito sossego, e decidem que enquanto a criança é um bebê, terá tudo que quer em nome do silêncio e da paz. E quando ela cresce não sabe, não entende por que antes podia ter tudo e agora tem restrições, sem mais nem menos. Antes não precisava fazer birra, mas agora faz por que protesta contra essa mudança repentina de atitude da mãe. Ela chora, grita e apanha, consegue o que quer por vencer pelo cansaço, talvez se cale, mas ainda não entendeu o que houve com sua permissividade de antes Com essa atitude da mãe haverá reincidência todas as vezes que a criança quiser algo, enquanto não entender que existem limites para tudo.
Uma criança de 2 anos já sabe manipular os que a rodeiam, e se lhe for permitido coloca toda a família a seu dispor, a transforma em reféns de sua vontade. Mas ela não faz isso por mal, obvio, apenas pratica aquilo que foi ensinado a ela. Porém, da mesma forma ela pode ser reeducada com regras e ordens de disciplina se os mesmos que a transformaram num ditador mirim passarem a impor as regras, e com o tempo ela vai esquecer o que aprendeu antes. Uma criança entre 2 e 5 anos é "um caderno com páginas vazias", e o ambiente em que ela vive vai escrever sua "história", Depois, aos 6 anos ela já tem um caráter formado e esse a seguirá para sempre, ou pode mudar relativamente, conforme as variações de sua vida.
Por isso é importante que se eduque desde o início da vida. Não é à toa que usamos a expressão "educação que vem do berço" . Lembrem-se disso, mamães de primeira viagem.

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